terça-feira, 26 de agosto de 2008

:)

Acordei hoje com uma sensação engraçada. Não é só a de sempre, meio de inadequação, meio de não saber se as coisas vão dar certo. Era uma sensação de que não sei direito o que está acontecendo. De que eu não falo contigo há muito tempo, de que a gente não está junto como deveria. Foi sutil, mas foi uma sensação suficientemente presente para eu identificar e decidir te escrever. Escrever para dizer o que, exatamente, eu não sei. Talvez não seja para dizer exatamente uma coisa, mas para "corrigir" a sensação e aproximar um pouco as almas de novo.
Fiquei achando que talvez esta mensagem pudesse ser uma carta como aquelas de antigamente, mesmo que não seja manuscrita. Fiquei achando que esta mensagem pudesse ser como uma colherada de berinjela, já que você não gosta de sorvete de chocolate. Fiquei na esperança de que esta mensagem pudesse ser alguma coisa boa para você.
E para mim.
Enquanto eu rezava, hoje, cedo, passou pela minha cabeça aquela história de que não somos capazes de controlar as coisas. E nem doeu, sentir isso. Não sentir dor é uma coisa boa, né? Não estou falando de anestesia, mas de não sentir dor. Não é que seja necessário um remédio. Justamente o contrário. Não precisamos de remédio.
Acho que eu não sei bem o que dizer, mas queria dizer alguma coisa. Acho que você nem vai ter tempo direito para ler isso, ou vai ler correndo, porque hoje em dia tudo é corrido demais, né? A gente já começa o dia com um monte de coisas que não foram feitas, com tarefas gritando atrás da gente. Acho mesmo que talvez seja uma boa ter uma gatinha, aqui, para me fazer companhia. Se eu for trabalhar em algum escritório, depois penso no que fazer. Talvez ela possa ir.
Acho que é isso mesmo. A gente não enxerga o que está a um palmo do nariz. Ou enxerga e faz questão de não registrar. A gente só vê o que quer. Engraçado, né?, porque raramente a gente sabe o que quer.
Agora, eu cheguei à conclusão de que eu quero comer vegetais no almoço. Vou cuidar disso. E vou deixar você trabalhar, que é melhor. Bom trabalho pra você.

domingo, 10 de agosto de 2008

:)

Eu ia reclamar da imprensa, do jeito como esses caras escrevem sobre as coisas - mesmo quando elas são positivas. Pois é. Mas não vou dar moral para mané. Vou só comemorar. O Botafogo ganhou. Boa semana pra todo mundo aí.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Feliz aniversário, meu irmão

Um amigo fez aniversário, hoje. Fui - quer dizer, estava sendo - um babaca: recadinho no Orkut e pronto. A gente tem que parar com isso. Liguei pro mano, deixei um abraço, desejei felicidades, disse que era amigo do peito. Estou me sentindo bem com isso. Na verdade, esta sensação começou mais cedo, quando vi um outro camarada numa cadeira de rodas. Já tinha ouvido falar sobre como ele andava mal. Mas recebi um aperto de mão com vigor. E um sorriso. Fiquei devendo um abraço. Agora à noite, para completar, uma amiga ligou para saber como eu estou. Acho que a barba que ando cultivando dá às pessoas a impressão de que tem alguma coisa errada comigo. Mas foi bom, de qualquer maneira, receber este telefonema. Tudo isso talvez tenha a ver com a decisão de uns dias atrás: menos estresse, mais felicidade. Isso pode ser uma fórmula simples de ser seguida. Estou tentando. Faça o mesmo. Pode te render dias maneiros.

domingo, 1 de junho de 2008

Meu nome é Jones, Indiana Jones

Tiros que não acertam ninguém... Assim é a versão 2008 do Indiana Jones. Mas é divertido.

sábado, 31 de maio de 2008

Depois de comer pizza de padaria

Acabo de ler um texto sobre a separação da arte e da vida. Não, Arte e Vida não formavam um casal lésbico. Eram... Não eram nada, eram só a arte a vida, assim com minúsculas. Não estou diminuindo a importância de nenhuma das duas, só estou irritado com o que li sobre a necessidade de separá-las.

Fica parecendo aquilo que o chefe escroto sempre usava como desculpa: ser “profissional”. O cara achava que sendo profissional, sem aspas, ele estava exercendo/exercitando/valendo-se do seu ““““direito”””” de ferrar com quem estava abaixo dele na escala hierárquica. Tudo – tudo – para fazer média com quem estava acima.

No “Houaiss”, está escrito o seguinte sobre “chilique”:
1 ataque nervoso ou histérico; faniquito, fricote
2 perda temporária dos sentidos; desfalecimento, desmaio

O que a moça escreveu sobre separação foi um chilique. Ou malandragem, no mau sentido (porque tem a “malandragem no bom sentido”). O que o chefe escroto tinha era um discurso idiota. Ou achava que era malandro. Só achava.

Que saco.

Pior é que nem tem porra nenhuma que preste na TV.

Vou acabar de ler o livro do Arnaldo Baptista que eu ganho mais.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Crise

Uma pedra nos rins me derrubou. Dizem sempre que é porque eu tô bebendo pouca água. Mijar vermelho, depois de uma cirurgia, deixa uma sensação estranha.
No hospital por cinco dias, deixei abandonadas à própria sorte as plantas que ficam aqui na área. Nem dava para pensar nelas, lá, porque aquele cubículo praticamente sem janela não deixa a gente pensar. Hoje, tá chovendo. As plantas mereciam mesmo esse presente.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Filmes idiotas

Filmes idiotas servem para duas coisas: para a rirmos deles e para ficarmos pensativos. A gente às vezes até ri com eles e não só deles. Mas pensativo é batata: você fica e pronto. E isso pode render à beça. Aconteceu outro dia. E era trabalho. Quer coisa mais inconveniente/irritante do que um trabalho que deixa você pensando sobre sua vida pessoal, sobre os vacilos que dá? Porra, trabalho geralmente já é aquela coisa chata, a obrigação de resolver isso e aquilo para ter dinheiro bastante pro aluguel. E aí ainda vêm pensamentozinhos enchendo o saco da gente? Não ferra! Abaixo os filmes idiotas. De agora em diante, por pelo menos um mês, vou fugir de qualquer coisa no cinema que seja uma promessa de riso fácil. Nos filmes cabeçudos, pelo menos, é certo que você vai pra ficar pensando na vida, nos detalhes, na mensagem, no socialismo, nas drogas, nos ideais, em neguinho que se vende, nas cachorras que no fim das contas são os sonhos dos intelectuais, na natureza, na sustentabilidade. Agora, ficar pensativo em filme tipo de sessão tarde é sacanagem.